Como identificar a hora certa de trocar a caixa d’água? Aprenda!

O momento ideal para troca da caixa-d’água é uma dúvida muito comum para a maioria dos brasileiros. Em linhas gerais, algumas características devem ser observadas antes de determinar qual o melhor período, ou seja, é preciso verificar a vida útil do reservatório bem como seu estado de conservação e até mesmo o material de fabricação.
Por outro lado, uma parcela importante das pessoas apenas trata os efeitos negativos dos problemas, sem corrigir de fato sua causa. Em outras palavras, é muito comum a adoção de medidas alternativas como remendos e tampões no lugar da devida substituição do reservatório.
Entretanto, vale lembrar que os reservatórios de água potável são indispensáveis para o bem-estar e saúde da sua família. Afinal, a água utilizada para todos os afazeres domésticos, incluindo a higiene pessoal, passa pela caixa-d’água. Nesse sentido, mantê-la em boas condições é fundamental.
Se você também não sabe qual a hora certa de trocar seu equipamento, veio ao lugar certo. Preparamos um guia rápido e completo sobre os principais aspectos que devem ser considerados antes e durante sua substituição. Veja só.
Conheça a durabilidade das caixas
Apesar de ser construída para durar longos períodos, os reservatórios de água não foram feitos para uso vitalício. Assim, é importante analisar a vida útil de cada reservatório — que pode variar de acordo com desgaste ao longo do tempo, material da caixa, fatores externos e demais aspectos importantes.
Se forem tomados todos os cuidados adequados bem como uma manutenção regular, as caixas podem durar até 50 anos, como é o caso daquelas produzidas em aço inoxidável. Já os reservatórios construídos a partir de polietileno, o tempo de vida médio é de 30 anos. Por outro lado, os modelos fabricados em fibra de vidro devem ser trocados em até 5 anos.
Entretanto, conforme mencionado anteriormente, a durabilidade dependerá diretamente do bom seu uso. Assim, manutenções realizadas fora do prazo podem antecipar a necessidade de troca do equipamento.
Confira o que avaliar na hora de substituir a caixa-d’água
Antes de trocar o seu reservatório é preciso analisar alguns aspectos, como o tamanho mais apropriado, quantidade de pessoas que serão abastecidas, local adequado, material escolhido, entre outros. Veja nossas dicas.
Tamanho
Em linhas gerais, uma pessoa consome cerca de 150 litros por dia. Entretanto, o tipo de moradia poderá influenciar na aplicação desse recurso, afinal, a pressão da água pode aumentar o volume de água necessário por morador. Assim, uma pessoa que vive sozinha em um apartamento poderá gastar, em média, até 200 litros diários.
Além disso, é preciso avaliar o fornecimento de água potável por pelo menos 2 dias sem o reabastecimento. Dessa forma, para uma família com 3 pessoas, por exemplo, deve-se garantir no mínimo o uso de reservatório de 1.000 litros. Assim, é possível evitar o esgotamento máximo dos recursos, mesmo sem o fornecimento de água por um curto período.
Local
A água é distribuída por todos os cômodos a partir da força da gravidade. Por isso, a caixa deve ser instalado em um local mais alto possível, geralmente sobre a laje ou telhado. Por isso, antes de aumentar a capacidade do equipamento é preciso analisar se a estrutura suporta o peso da caixa totalmente cheia, já que cada reservatório de 1.000 litros corresponde a 1 tonelada.
Material
Atualmente é possível encontrar no mercado uma série de materiais, sendo os mais comuns de fibra, polietileno, metal e amianto. Em tese, caixas de fibra são mais leves, resistentes e duráveis. Por outro lado, reservatórios de polietileno são menos resistentes às influências externas e, por isso, tem uma vida útil um pouco menor.
Já os modelos produzidos em aço são resistentes e mantém as propriedades da água com pouca ou nenhuma alteração. Finalmente, as caixas de amianto embora fossem baratas e duradouras, estão proibidas de serem comercializadas no país. Isso porque é composta por fibras com alto potencial de contaminação e a ocorrência de doenças graves.
Descubra por que caixas de amianto devem ser trocadas
Embora sua comercialização tenha sido proibida no Brasil desde 2017, muitas residências ainda utilizam reservatórios produzidos a partir do amianto. Esse material composto de silicato de cálcio, alumínio e ferro se apresenta em fibras brancas e flexíveis e trata-se de uma substância totalmente prejudicial à saúde.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer, esse tipo de fibra é potencialmente cancerígena e comumente relacionado a ocorrência de uma série de doenças, como asbestose e diferentes tipos de câncer no pulmão. A contaminação se dá basicamente pelo contato com a poeira de amianto.
Dessa forma, o acometimento das doenças citadas não se dá a partir do consumo de água proveniente desse reservatório. Apesar disso, caso haja a presença de rachaduras ou desgaste na estrutura da caixa, a água poderá eventualmente se contaminar e prejudicar a saúde daqueles que a ingerirem.
Vale lembrar também que o atrito das fibras pode dificultar a limpeza adequada do reservatório, afinal, não é possível friccionar a fim de evitar a liberação de partículas tóxicas. Nesse sentido, a higienização superficial pode culminar na infiltração de sujeira.
Portanto, além do risco do amianto em si, a qualidade da água é comprometida, já que uma limpeza inadequada favorecerá a proliferação de fungos, bactérias e outros microrganismos. A fragilidade do material é outro ponto que merece atenção. Afinal, qualquer tipo de impacto pode incorrer na rachadura ou quebra da mesma. Assim, o cuidado em seu uso e manuseio deve ser redobrado.
Como se certificar da necessidade de troca da caixa-d’água
O primeiro passo para definir se é hora substituir o reservatório da sua residência é avaliar o estado geral de conservação do equipamento. Para isso, existem diversos pontos que precisam ser analisados com cautela, como a pintura interna e qualidade da água.
Pintura
Em via de regra, quanto mais desgastada, menor será o seu tempo de vida útil. Isso acontece porque a estrutura da caixa pode acabar descascando, formando pequenas bolhas na pintura. Assim, é possível que haja um aumento significativo do número de microrganismos como fungos e bactérias dentro do reservatório. Com isso, a limpeza torna-se mais difícil e necessária.
Qualidade da água
Para determinar com mais exatidão o momento exato para trocar a caixa, é preciso analisar também a qualidade da água potável. Embora esse não seja um cuidado comum na maioria das residências, é indispensável garantir a manutenção das propriedades da água, afinal, sua má conservação pode comprometer a saúde da sua família.
Para ajudá-lo nessa tarefa, separamos algumas estratégias que podem ser facilmente aplicadas para analisar se a água proveniente do seu reservatório é de fato apropriada para o consumo. Confira!
Técnica do copo
Abra a sua caixa e mergulhe nela um copo transparente. Em seguida, retire-o e observe a colocação do copo contra a luz. Verifique se existem sujeiras flutuando na água. Caso ateste uma coloração esverdeada, é possível que haja uma infestação de algas.
Isso acontece quando o equipamento não conta com a proteção contra raios ultravioletas. Dessa forma, torna o reservatório um ambiente escuro e aquecido, ideal para a proliferação desses organismos.
Em geral, não há uma complicação importante decorrente do aumento do número de algas na caixa-d'água. Contudo, ao adquirir um aspecto mais escuro, pode significar a liberação de substâncias na água que podem ser tóxicas ao ser humano.
Técnica da unha
O lodo é um tipo de sedimento terroso muito comum no fundo e nas laterais das caixas. De modo geral, equipamentos que apresentam uma higienização ineficiente ou até mesmo fora da validade, podem acumular lodo com mais frequência. Com isso, a água adquire cheiros e um sabor anormal. Além disso, tem seu aspecto cristalino completamente alterado.
Para certificar-se de que há a presente de lodo impregnado na estrutura das caixas, portanto, basta passar a ponta dos dedos ou as unhas no interior do reservatório. Caso observe sujeira acumulada debaixo das unhas, é um bom indício de que a água está suja. Para resolver o problema, é possível fazer uma higienização adequada o mais rápido possível ou substituir todo o sistema de reserva de água potável.
Técnica da análise do fundo
A última fase de testes passa diretamente pela observação do fundo da caixa-d’água. Nesse caso, o mais indicado é utilizar a própria mão ou algum utensílio para agitar a água de um lado para o outro. Caso haja a presença de sedimentos impregnados nessa parte, fica mais fácil a visualização.
Em alguns casos é possível que a água se apresente de maneira incolor, inodora e insípida. Porém, mergulhar algum objeto até o fundo permite uma maior clareza do que há de fato presente na água, seja sujeira, terra, lodo ou algas.
Concluindo, para saber o momento ideal para substituir sua caixa-d’água é preciso avaliar a estrutura da mesma. Verifique se existem buracos ou rachaduras que possam comprometer sua durabilidade. Em seguida, analise os aspectos gerais de conservação e limpeza. Como destacamos, sinais de desgaste na pintura e acúmulo excessivo de sujeira são excelentes parâmetros, assim como a análise da qualidade da água consumida.
Como você viu, existem diversas atitudes que são capazes de ajudá-lo a identificar o momento de trocar o seu reservatório de água potável. Portanto, se está na hora de substituir o equipamento da sua casa, não deixe de conferir nossos preços especiais!